G4

REGIÕES DO BRASIL - G4 - C

UM POUQUINHO DA HISTÓRIA DO G4 C

Os meses correm rapidamente, mas já foram suficientes para vivermos muitas experiências importantes em diferentes linguagens. Muito teríamos o que contar...

Então, escolhemos parte de nossa vivência para ilustrar quão potentes são as crianças e quanto a diversidade de materiais, principalmente os que a natureza nos proporciona, pode oferecer um condutor de experiências sensíveis que provoca a imaginação, as construções que fortalecem a interação, o pensamento, habilidades e a aproximação do conhecimento construído pelo homem.

O segundo semestre trouxe uma novidade importante para o nosso grupo: todas as crianças puderam voltar presencialmente! Isso possibilitou ampliar as interações e nos conhecermos melhor.

Passamos a usar como ambiente de referência uma sala maior, com mais espaço de circulação e juntos iniciamos refazendo nossos combinados em assembleias, discutindo as boas práticas de convivência.

Após vários encontros resolvemos registrar os combinados em um cartaz e fixá-lo na parede de nossa sala.
Assim, o usamos diariamente quando necessário e até acrescentamos outros que surgem.

NOSSOS COMBINADOS:

  • OUVIR O QUE FOI PEDIDO;
  • NÃO CORRER DENTRO DA SALA;
  • NÃO JOGAR OS BRINQUEDOS;
  • NÃO GRITAR NA SALA;
  • GUARDAR OS BRINQUEDOS QUANDO TERMINAR DE BRINCAR;
  • NÃO PROVOCAR OS AMIGOS;
  • NÃO DESTRUIR A NATUREZA;
  • NÃO SENTAR SOZINHO

Regiões do Brasil

Com todos do G4 já bem integrados, passamos a viajar pelas cinco regiões do Brasil para conhecer algumas de suas características, dando continuidade às nossas intenções de favorecer práticas e conversas para a reflexão e aproximação sobre a temática da preservação do meio.

Para instigar a curiosidade do grupo montamos um contexto com alguns objetos que representavam cada uma das regiões. Comparamos os aspectos mais importantes de cada uma, salientando as diferenças e semelhanças culturais entre elas.

As crianças se mostraram curiosas, mas a maioria gostou mesmo foi do Boi-bumbá e com ele se divertiram ao tirarem muitas fotos!

Iniciamos nossos estudos pela região Norte e conhecemos um pouco de suas características, e alguns pratos típicos, como tacacá, bolo de aipim e as frutas açaí e o guaraná.

Hummm! Que delícia são os sabores brasileiros!

Construímos a receita do tacacá, vimos imagens dessa deliciosa “sopa” e juntos fizemos o bolo de aipim. Acrescentar ingredientes, mexer a massa e observar a transformação dela depois de assada, foi empolgante!

Demos sequência a nossa viagem quando conhecemos algumas moradias predominantes da região Amazônica: as palafitas e casas flutuantes.
Os comentários do grupo nos levaram a interessantes investigações e uma das discussões que surgiu entre as crianças foi:

- As palafitas não afundam na água, porque debaixo das casas, tem as madeiras e elas não afundam!
- As madeiras afundam sim!
- E as casas flutuantes, não afundam?
A partir destas questões propusemos ao grupo uma experiência com materiais que afundam ou flutuam.

Então, saímos pela escola, em busca de objetos que achávamos pertinentes para essa descoberta: pedras, folhas de árvores secas, borracha, caixa de papelão, materiais de acrílico, brinquedos de plásticos, gravetos e brinquedos de madeira fizeram parte de nossas pesquisas.

Empolgadas e participativas, cada criança escolheu o que usar para verificar o que afundaria na água ou não, levantando hipóteses do que aconteceria antes da constatação final.

Após algum tempo uma das crianças observou:

Ah! A madeira boia!
Então perguntei ao grupo:

Mas, as palafitas ficam na superfície da água, ou seja, elas boiam?
A turma se mostrou em dúvida e logo partimos para mais uma pesquisa.
Utilizamos diversos materiais, fizemos experiência e descobertas.

E, daí sim, as crianças concluíram que as palafitas não boiam, e sim permanecem suspensas por estacas fincadas no fundo do rio e as casas flutuantes, boiam.
Desta forma, sanamos nossas dúvidas.

É muito interessante observar quão rapidamente as crianças incorporam em suas brincadeiras os fatos aprendidos, como quando um pequeno grupo, usando os stpes usados nas aulas de educação física, envolve-se em uma construção.
Ao serem questionadas sobre a criação, a resposta imediata foi:
- Estamos construindo uma palafita, ué!

Então, seguimos viagem para outra região: a Nordeste.

Chegamos a esta região e conhecemos alguns dos aspectos mais relevantes, como localização geográfica, características e manifestações culturais e artísticas.
Pesquisamos, conversamos, assistimos a vídeos e vimos muitas imagens para melhor compreensão do grupo.

Durante nosso percurso descobrimos que no interior do Ceará existem moradias diferentes das que já conhecemos, são as casas de taipa. Então perguntei para o grupo se eles já tinham brincado com lama ou se já sentiram a sua textura. Logo começaram a surgir as respostas.

Eu nunca brinquei na lama! Como ela é feita?
Eu já usei argila!
Desta forma, partindo da escuta das crianças acerca deste material propus ao grupo:

- Que tal brincarmos na lama?
Prontamente a turma se animou e então, partimos para mais uma experimentação!

Em um dia de sol, na quadra, forramos o chão com uma lona e colocamos a disposição terra e água. Aos poucos realizamos a mistura e notamos as mudanças de sua consistência até alcançar a lama.

O grupo apreciou este momento e as crianças se lambuzaram! Foi muito divertido, além de muito significativo, pois pudemos constatar as propriedades deste material e sanar as curiosidades.

Desta forma, após nossas constatações, propus outro desafio ao G4, representarmos as casas do Norte e Nordeste tendo em vista as nossas experimentações. Então mãos à obra! As crianças juntas responderam que fariam a casa de taipa. Partimos para o trabalho em grupo. Todos demonstraram empenho e organização na hora de pensar quais os materiais poderíamos usar na construção. Então saímos pela escola a procura de itens que pudessem dar formato a esse trabalho.

Comentários que surgiram ajudaram a pensarmos nas construções:
- Vamos usar essas pedrinhas!
- Essas folhas secas podemos usar para fazer um jardim!
- Pessoal venham aqui, tem muitos gravetos, podemos usar ao invés de palitos de sorvete!
O processo foi tão surpreendente quanto o resultado obtido.

E assim seguimos na construção da casa de taipa...

E, após muito trabalho... finalizamos!

Além de atingirmos nossas intenções educativas, a turma também avançou nas questões sociais ao trabalhar em grupo, esperar a vez do outro e aceitar as opiniões diferentes da sua. Quantas habilidades desenvolvidas nesse percurso!

Nossa viagem não termina por aqui...

Seguiremos para outros cantos brasileiros, conhecendo a cultura e riqueza de nosso país.

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