G3

GIGANTES - Grupo 3 - Tarde

O intuito desse material é o de apresentar parte das propostas que estão sendo vivenciadas pelo nosso grupo. As crianças contribuem de maneira investigativa, curiosa e lúdica, enriquecendo e alimentando nosso percurso, ampliando assim nossos conhecimentos.

Iniciamos nossos estudos voltado para o tema proposto pela Unesco Oceanografia por meio de uma roda de conversa e logo surgiram alguns questionamentos de nossas crianças: - O que tem na praia? – Quais são os animais que moram lá? – A gente pode surfar?
Então para aproximar a turma destes assuntos apresentei documentários, vídeos e imagens, além de montar um espaço representando a praia.

A partir do interesse das crianças e tendo em vista nossas intenções pedagógicas traçamos nosso roteiro de estudo, o projeto Gigantes. Vários aspectos como: paisagens naturais, vida marinha, esportes aquáticos, meios de transportes marítimos, preservação da natureza, entre outros já foram abordados com essa turminha animada e curiosa.

Um tema que causou grande interesse do grupo foi os animais marinhos. Elaboramos então uma lista dos animais vistos no vídeo e que pretendíamos conhecer... várias espécies de tubarões como: martelo, tigre, lixa, bem como peixe palhaço, polvo, golfinho entre outros, foram citados pelas crianças, mas com o intuito de fazer novas provocações e avançarmos em nossas aprendizagens propus também outros nomes não citados, como a baleia azul, tubarão baleia e caranguejo aranha gigante.
E assim, pesquisamos e nos apropriamos de vários aspectos de cada animal.

Durante nossos estudos notei por parte da turma um grande interesse e muitas curiosidades com relação as medidas desses animais e, alguns relatos, também surgiram:

Elis: - Fe, qual é o grandão o tubarão baleia ou a baleia azul? Gabriela: - Eu acho que é a baleia, a Fe disse que ela é maior não cabe aqui na sala!

Luís Felipe: - O tubarão baleia é primo da baleia? Por que ele chama tubarão baleia? Gabi eu acho que esse tubarão é gigante.

Leonardo:- O tubarão baleia também é muito, muito grande, tem que pega fita pra sabe o tamanho dele, Luís Felipe.

Gabriela: - Não é fita Leonardo, é de medir a métrica cheia de números.

Laura: - Fe a gente pode pegar a fita métrica pequeninha e aquela grandona? (fitas métricas de 1,5 e trenas de fibra de vidro de 30 e 50 metros).

A partir desta escuta realizamos a medição destes animais representados por barbante com a trena citada pelas crianças. Então, paralelamente ao projeto da Unesco, avançamos também nas pesquisas voltadas à linguagem matemática, mais especificamente as medições.

MEDINDO A BALEIA AZUL E O TUBARÃO BALEIA

Seguimos com a nossa listagem e passamos a pesquisar sobre o caranguejo aranha gigante que causou várias inquietações na turma:

Leonardo: - Esse caranguejo aranha, não é gigante porque ele mora na praia.
Gabriela: - Na praia não né, é no fundo do mar.
Elis: - Ué Fe, mas se ele é gigante ele mora no fundo do fundo do mar?
Luís Felipe: O que ele come pra ficar gigante?
Laura: - Ele come a comida dele Luís Felipe, lá no fundo do mar que a mãe dele faz! E come tudo por isso ficou assim gigante eu também como a minha e vo ficar gigante.
Pedro: - Eu não conheço esse caranguejo Fernanda, em que mar ele vive?
Andreas: - Eu não sei, mas dever ser muito grande pra ele entrar dentro.

Partimos para nossas pesquisas e descobrimos que o caranguejo aranha gigante pode chegar até 3,8 metros de altura e pesar aproximadamente 19 quilos. Notei o grupo ainda curioso pelas medidas.

Então, para nos aproximarmos do conhecimento, desta vez do peso e altura, propus realizarmos as nossas medições: - Vocês sabem qual é a altura e o peso de vocês?

PESAGEM DAS CRIANÇAS

Partimos para as medições...

MEDINDO A ALTURA

Feita as medições surgiu um novo questionamento:
- Mas, quem é o mais forte?
Então, outro contexto necessitou ser introduzido: no parque ofereci tijolo e martelo para que cada criança pudesse descobrir a sua força!

DESCOBRINDO A FORÇA

Ainda com a intenção de ampliar o conceito de força ofereci na quadra outra experiência, sacos cheios de areia..... as crianças envolvidas e empolgadas arrastaram, carregaram, lançaram e, então finalmente constataram por meio de nossas provocações que o nosso peso e a força são aspectos diferentes!

E assim, outro aspecto relevante surgiu: o interesse por comer muito para ficar forte, o que nos levou a conversar sobre a alimentação, especificamente a saudável.

E após muita conversa pudemos concluir que nosso peso está associado à qualidade e quantidade de ingestão de alimentos, já a força além disso, está relacionada também às atividades físicas. Foi muito interessante essa reflexão, pois observamos as crianças se alimentando melhor e, ainda atualmente, se mostram ansiosas por realizar a medição e constatar se cresceram ou não.

Mas, nosso percurso não parou por aí!
Certa tarde uma das crianças comentou:
- Fe, tem a balança que mostra o nosso peso. E pra medir o peso da comida, tem?
Então para sanar essa questão montei na sala um espaço com algumas frutas e uma balança analógica de uso culinário e perguntei:
Vocês sabem o que é esse objeto?
Todos responderam: - É um relógio! -Ele faz barulho?
Então observamos o relógio que temos e logo um colega disse:
- Isso não é um relógio, porque não está girando como o relógio da nossa sala!
Diante dessa conclusão solicitei a uma criança que escolhesse a fruta de sua preferência e a colocasse na balança...
Então, logo todos descobriram que se tratava de uma balança devido ao conhecimento prévio deste instrumento de medidas.

A partir daí verificamos o peso de cada fruta e ampliamos ainda mais nossas vivências ao conhecermos também a balança de cozinha digital, o que contribuiu para avançarmos na sequência numérica e nos aproximarmos do conhecimento de números altos, uma vez que essa ferramenta nos dá essa possibilidade, de visualizar por exemplo, 600grs.

Esperamos ter deixado aqui transparecer como as inquietações infantis traçam o nosso caminho, norteiam nossas aprendizagens e trazem a tona o forte desejo de entender o mundo!

Nossa caminhada segue e certamente ainda teremos muito o que contar...

Abraços,
Fernanda e Jéssica

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